Rodopiou a chave na fechadura, fechando a porta atrás de si.
Arrastou-se até à sala, prostrando-se no conforto ténue do sofá.
Arrastou-se até à sala, prostrando-se no conforto ténue do sofá.
A maratona do dia havia terminado; agradava-lhe sentir a sua própria pulsação, ouvir os seus próprios movimentos torácicos e a expiração em lufadas de ar.
Sentou-se, acendeu um cigarro e contemplou o seu próprio vazio.
E o sossego.
E o silencio.
Bastaram porém uns breves minutos para regressar ao seu estado de inquietação: pressentia que um corpo estranho o acompanhava no mesmo espaço. Foi então que se levantou sobressaltado e olhou em redor.
Um corpo balançava por cima de uma cadeira tombada, no epicentro da sala.
Do tecto pendia uma corda.
Da corda, pendia um corpo.
Um corpo balançava por cima de uma cadeira tombada, no epicentro da sala.
Do tecto pendia uma corda.
Da corda, pendia um corpo.
O seu.
Sem palavras, porque há muito que as havia perdido.
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